- Eu pensei que o alagoano mais brabo fosse Pedro Matador, de Quebrangulo, mas me enganei.
- E quem é o mais brabo?
- O meu médico.
- Por que você diz isso?
- Imagina, ele teve a coragem de
proibir um baiano de comer farinha. Eu apelei, usei todos os recursos da
linguagem, implorei, me humilhei até: Doutor, faça isso comigo não. Dê-me uma
história de amor trágico, onde os dois se suicidam no final! Dê-me um copo e
meio da cicuta mais mortal que as usadas por Agatha Christie em suas histórias
policiais! Dê-me uma corda de enforcado e o seu respectivo cadafalso com selo
do INMETRO! Dê-me uma vida sem sentido e de total ignorância política, tal qual
o QI dos bolsominions! Dê-me a beira do abismo e a palavra "siga em
frente" ecoando nos meus tímpanos! Dê-me um tsunami e apenas uma boia de
pneu de caminhão para flutuar! Dê-me qualquer coisa de ruim, meia hora de BBB,
dez minutos de Mais Você, cinco minutos do Domingão do Faustão, mas, por favor,
não me tire a farinha. Tirar a farinha de um baiano é pior do que lhe tirar a
vida.
- E ele não se condoeu depois dessa
choradeira? Até eu fiquei emocionado.
- Que nada! A reação dele foi chamar
a atendente e dizer friamente “Conduza o paciente até a saída e se ele pedir
recibo da consulta, aumente em mais cinquenta por cento”. É corajoso ou não é?
Um comentário:
Home brabo este Tom, onde já se viu tirar farinha de um baiano nato?
Talvez até o acarajé fosse perdoado, quem sabe o abará, mas a farinha boa não.
Como comer aquele feijão de mainha nas manhãs de domingo sem a farinha?
Um abraço Tom, bom rever sua pagina e ler este humorado texto.
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