Mostrando postagens com marcador Homenagem a Eddy Luem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Homenagem a Eddy Luem. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 19 de julho de 2024

De onde vem o baião


No São João passado, arrumei as malas para ir ver a grande performance de Eddy Luem no arraial joanino de Sátiro Dias, Bahia. Ele iria se apresentar antes de Flávio Leandro, o grande forrozeiro de Petrolina, encerrando os festejos juninos.

Conheci Eddy Luem em outra ocasião, no início do século vinte e um, em uma noite de busca-pés e rojões, na mesma cidade acima. Ele era integrante da banda “Os Filhos da Mãe”, e, além de ser o crooner, ele, também, foi produtor.

Eddy é um músico versátil, sem contar que ele é também um excelente compositor. Dirigi um filme na Bahia e ele foi o responsável pela excelência da trilha sonora (assistam ao filme no rodapé deste texto). Como se não bastasse essa pluralidade artística, ele exerce a profissão de radiocomunicador, em São Paulo. Tem formação acadêmica em Comunicação, transita pelo show business, cuja experimentação vem dos tempos de garoto das ruas empoeiradas da Bahia.  


Depois que a banda Os Filhos da Mãe se apresentou em Sátiro Dias, no raiar do século, seus componentes resolveram sair em turnê por São Paulo e outras cidades da Região Sudeste. Finda a turnê, Eddy fincou raízes na terra da garoa e lá vive por mais de duas décadas, animando festas de confraternização de empresas e festas paroquiais. Antes de embarcar para Sátiro Dias, animou as festas juninas no “Arraiá” da Paróquia São Domingos, "O Pregador", em Osasco, São Paulo, e em Jataí, Goiás. Em Osasco, Eddy Luem contou com a participação especial do maestro Frank Lima; em Jataí, ele fez uma apresentação temática, cujo título foi “Eddy Luem Canta a História do Forró de Luiz Gonzaga a Falamansa". Em ambas as cidades ele foi bastante aplaudido e elogiado.

Era por conta de um artista desse naipe que eu iria rodar mais de um mil quilômetros para vê-lo. Devia um mimo a ele, pois, quando estive em São Paulo, dois anos atrás, ele foi todo solícito e, inclusive, me levou para passar uma manhã com o padre Júlio Lancelot, o qual ele é amigo e eu um grande admirador. O caro leitor deve estar se indagando porque, no início deste parágrafo, eu falo no futuro do pretérito, e não, no pretérito perfeito. Lembremos, caros amigos, nem tudo é perfeito nesta vida. Ao arrumar as malas, Eddy me ligou, perguntando se eu já estava na estrada. Aliás, ele não, a mulher dele. Respondi que estava me preparando para viajar. Então ela me deu a notícia-bomba:

- Tom, se você ia só ver o Eddy, desista. Ele não vai mais. Está afônico e tiririca de febre.

Ainda bem que desarrumar mala é mais rápido do que arrumar.