No meu primeiro contato com Marina Colassanti, eu eu me identifiquei como "Tõe d'Irineu", o que me valeu uma bronca do meu irmão:
- Isso é nome pra você se identificar com uma escritora como a Marina, seu cabra de peia! Você não disse a ela que era meu irmão, né, seu fio dum cabrunco?!
- Calma, irmão! Ela gostou tanto que fez até um poema com meu nome
- Fez?! E o que ela disse?
- Que era o nome mais bonito que ouvira. Além de melódico. Musiquei, até
- Deixa eu ver!
- Taí embaixo.
- E a música?
- Vou ver!
Depois disso ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e nunca mais quis saber a respeito.....................
Conversando com Marina
Que beleza teria a noite sem as estrelas
e dos sonhos sem a aurora no seu despertar?
Se a manhã vazia apenas chorar pudesse,
Pelo rio seco sem a força do seu transbordar,
O que sobraria além do véu que entristece?
Na ausência do sentido, o que nos restaria?
O homem, só é homem, com o seu belo nome
para chamar e ser chamado de seu,
E a sombra que a sagrada luz consome
Seria radiante se chamada Tõe de Irineu.