domingo, 12 de maio de 2024

Ai de mim, Copacabana!

 


Porque Copacabana vai além de sua calçada e do seu mar revolto. Eu, quando ainda menino besta do interior, conheci o calçadão na capa de um livro de crônica de Rubem Braga; gemi meus ais de mim, e ai de ti se não te conhecesse logo, Copacabana! Mas, entre a cidade e a roça, existia um oceano de distância.

O meu irmão mais velho, e velho de morar em Copacabana que até incorporara o linguajar carioca, sabendo dos meus sonhos de menino descalço pelas ruas do sertão, me deu uma passagem de presente por ter passado no Exame de Admissão ao Ginásio.
Assim, como Rubem Braga redesenhou a crônica na minha vida, vi Burle Marx redesenhar as ondas nas pedras portuguesas do calçadão de Copacabana.





Nenhum comentário: