No São João passado, arrumei as malas para ir ver a grande performance de Eddy Luem no arraial joanino de Sátiro Dias, Bahia. Ele iria se apresentar antes de Flávio Leandro, o grande forrozeiro de Petrolina, encerrando os festejos juninos.
Conheci Eddy Luem em outra ocasião, no início do século
vinte e um, em uma noite de busca-pés e rojões, na mesma cidade acima. Ele era
integrante da banda “Os Filhos da Mãe”, e, além de ser o crooner, ele, também,
foi produtor.
Era por conta de um artista desse naipe que eu iria rodar
mais de um mil quilômetros para vê-lo. Devia um mimo a ele, pois, quando estive
em São Paulo, dois anos atrás, ele foi todo solícito e, inclusive, me levou
para passar uma manhã com o padre Júlio Lancelot, o qual ele é amigo e eu um
grande admirador. O caro leitor deve estar se indagando porque, no início deste
parágrafo, eu falo no futuro do pretérito, e não, no pretérito perfeito.
Lembremos, caros amigos, nem tudo é perfeito nesta vida. Ao arrumar as malas,
Eddy me ligou, perguntando se eu já estava na estrada. Aliás, ele não, a mulher
dele. Respondi que estava me preparando para viajar. Então ela me deu a
notícia-bomba:
- Tom, se você ia só ver o Eddy, desista. Ele não vai mais.
Está afônico e tiririca de febre.
Ainda bem que desarrumar mala é mais rápido do que arrumar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário