Por Edna Lopes
De Carlos Pitta e suas backs |
De No Campo Grande, no Trio de Carlos Pitta |
De Há carnaval pra todo mundo |
De Na pipoca de Moraes Moreira |
De Entrevista ao A Tarde |
De O retorno triunfal de Moraes Moreira |
De Na pipoca de Moraes Moreira |
Que me perdoem os “não foliões”, os que acham que carnaval é também o ópio do povo, os “donos da verdade de plantão” e os que se acham no direito que dizer que apenas o seu jeito de "curtir" feriados é o certo, mas, quem como eu vem ao carnaval de Salvador, sente os acordes da guitarra de Armandinho, ouve André Macedo ou Moraes Moreira cantar este hino e não se emociona, não siga a “antiga” ou a “nova” fubica porque já morreu.
Que me perdoem os que não gostam do bom samba que arrasta multidões, do povo cantando a plenos pulmões desde um partido alto a um samba enredo, um samba de roda ou um samba reggae. Impossível ficar impassível diante de alguém que puxa as palmas e canta “... Tu não faz como o passarinho/Que fez o ninho e avoou/Voou, voou, voou, voou/Mas eu fiquei sozinho/Sem teu carinho/Sem teu amor...*
Que me perdoem os que não aprenderam a cantar “... Tenha a fé no azul que tá no frevo/Que azul é a cor da alegria/Um cavalo mambembe sem relevo/No galope de Olinda pra Bahia...” e não arriscam uns passos de frevo. Quem desce as ladeiras do Pelô ao som do impagável “Vassourinhas” ou cantando “Bandeira Branca” e não se sente também em Olinda e no Recife antigo.
Que me perdoem os que nunca viram o tapete branco dos Filhos de Gandhi descendo a Castro Alves, os que nunca viram o Ilê aiê passar, pois não precisaram cantar “Ilê aiê, como você é bonito de se ver...” não viram o Araketu, o Olodum e tantos, tantos outros maravilhosos afoxés e cortejos que enchem meus olhos de cores, o coração e alma de ritmos afros, garantindo o reencontro com a minha ancestralidade.
Que me perdoem os que nunca provaram do prato quente da diversidade do bloco “Mudança do Garcia”... A alma das instituições e comunidades soteropolitanas em estado de pura alegria e bom humor, fazendo troça de situações do cotidiano do povo brasileiro, que verga , mas não quebra.
Que me perdoem os que fazem opção para ver e ouvir o carnaval de um único bloco, da varanda de um camarote ou ainda os que se contentam com o que a mídia seleciona e divulga. Definitivamente, não é o meu tipo de carnaval.
Que me perdoem os que acham que o carnaval de Salvador se faz apenas de axezeiros e pagodeiros, de letras tatibitates que depreciam a mulher, de lobos maus e mal fadadas chapeuzinhos, de beijo na boca em bocas qualquer, de musas fabricadas por canais de TV ou gravadoras, de camarotes para “Vips” que recebem cachês.
Ó, quer saber? Não me perdoe, “Não me pegue não me toque, por favor, não me provoque eu só quero ver o Ilê passar"... e outras - muito outras - cositas más. Os bons carnavais do carnaval de Salvador já deu seus primeiros (e tantos!) acordes! E eu, graças a Deus, ainda estou de férias.
Nos veremos por aí?
2 comentários:
Olha, como fiquei feliz em ver tanta expressão de alegria por qui...Em tempos de tanto desamor, ver imagens assim,é sinal de esperança.Já havia lido o texto, na página da Edna, no RL,mas aqui, está tudo muito mais bonito, principalmente, nas fotos da minha amiga linda mais o maridão, toda fofa, toda poesia.Tom, que Deus abençõe grandemente os caminhos de vocês, e que o amor, seja sempre o aporte da união de vocês, por toda vida.Beijo grande, aos dois!Encantada...
Antonia Zilma(antoniazilma@hotmail.com)
Minha neguinha, vc tá D+, aaaarrrraaassssooouuu!!!!!
ass.: seu guarda-sol Doriane Doria,
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