terça-feira, 9 de março de 2010

Na Semana da Mulher, Viva a Lei Maria da Penha!




– Precisamos acabar com a exploração dos homens. Parar de cozinhar, lavar roupa e de ser apenas objeto sexual. Basta de submissão! Digam NÃO aos seus opressores. No próximo ano nos reuniremos para relatarmos a nova experiência. Abaixo a opressão masculina!

– Abaixo a opressão!

– Viva a igualdade feminina!

– Viva!

– Viva a liberdade!

– Viva!

– Morte aos homens!

– Assim também não, colega!

Desta maneira terminou mais um encontro internacional das mulheres, em um país qualquer, no dia oito de março de ano qualquer. Trezentos e sessenta e seis dias depois (era um ano bissexto), novo encontro. A líder tomou a palavra:

– E agora, temos a honra de convidar a Mary John para relatar a sua experiência, conforme foi decidido no encontro do ano passado. Mary John, por favor...

A americana subiu à tribuna, abriu um sorriso largo, e falou:

– Bem, depois daquele nosso encontro, no ano passado, cheguei a casa e disse para o meu marido: “A partir de hoje não cozinho mais pra você. Se quiser comer, prepare você mesmo a sua comida.” No primeiro dia ele foi pro fogão a contragosto; no segundo dia diminuiu mais a cara feia; no terceiro dia começou a tomar gosto e hoje estamos com vários restaurantes espalhados pelos Estados Unidos e Canadá.

– Palmas para Mary John! Agora convidamos a colega Ly Ping Pong.

A chinesa subiu à tribuna, pigarreou, pegou o microfone e falou:

– Cheguei a casa e disse pro meu marido: “A partir de hoje não lavo mais a sua roupa. Se você quiser roupa lavada, que aprenda a usar a lavanderia.” No primeiro dia ele lavou a roupa resmungando; no segundo dia parecia ter se acostumado à nova condição; no terceiro dia até assobiou e hoje estamos com uma rede de lavanderias por toda a China.

– Muito bem, Ly. Palmas para ela que ela merece! Agora convidamos a colega Severina da Silva para relatar a sua experiência!

Severina da Silva preferiu falar de onde estava. Brasileiro é assim mesmo, fala de qualquer lugar.

– Quando cheguei a casa, no ano passado, disse pro Benedito, o traste do meu marido: “Biu, a partir de hoje não lavo mais suas roupas, não faço sua comida e se você quiser sexo vai ter que procurar uma vagabunda.” No primeiro dia não vi nada acontecer; no segundo dia também não vi nada; no terceiro, idem; no quarto dia o olho abriu um pouquinho e pude enxergar a cara da enfermeira.








Nenhum comentário: