

De repente, o monumental espaço cultural Dragão do Mar ficou pequeno para comportar tantas e tão distintas manifestações culturais. Num mesmo caldeirão musical, misturavam-se a Orquestra de Câmara Eliezer de Carvalho, banda de pífanos dos Irmãos Aniceto, Jorge Mautner, Dona Zefinha, Fagner, Tambores do Tocantins, Orquestra Popular Meninos da Ceilândia, Chico César, Bloco Afro Ilú Obá de Min, Reisado de Santana, Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene, Carimbó dos Quentes da Madrugada e o escambau. Acrescente-se a isso a troca de experiências, debates apimentados, projetos ousados, mostras de arte e artesanato e muita alegria. Um caldeirão cultural fervilhante de luz, cor, sons, magia... Para o encerramento do encontro, organizou-se o Cortejo da Ebulição dos Libertos, com a participação de mais de 2000 pessoas. A melhor parte: os políticos não tiveram espaço para suas arengas costumeiras. A festa tinha dono: o povo brasileiro.
Ainda é cedo para que se faça uma avaliação adequada do legado do governo Lula para a cultura brasileira. Mas é inegável que, sob a batuta de Gilberto Gil e Juca Ferreira, a cultura dos “grotões, chapadas e morros” pôde mostrar a cara sem medo de ser feliz. Os pontos de cultura propiciaram aos “despossuídos” de todas as aldeias a oportunidade de gritarem ao mundo: ESTAMOS VIVOS! Azar de quem não quiser ouvir.
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