De Bola |
Esférica tentação de todos os meninos,
lua cheia de graça nos pés de Ademir,
trigal de Van Gogh a bailar nos gramados.
Cúmplice de Adílio,treteiro e tinhoso:
finge que bate a acaricia...
Não falarei Dele, suprema magia,
de quem foste escrava, amante, estrela-guia;
nem do Outro, anjo-passarinho,
revoadas de alegria.
Falarei de mim, coração e pernas em descompasso,
pois ao menor sinal de ti,todo emoção
em erros me desfaço.
Vício que consome e alimenta,
paixão que nunca se evola.
Bela, incomparavelmente bela, Bola.
2 comentários:
Uma bela e diferente maneira de falar desta que tem sido a alegria e terror de muitos.Parabens ficou muito interessante.
Não gosto de futebol, mas pela poesia sinto verdadeira paixão...
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