Cada habitante de uma cidade ou de um aglomerado urbano é, em algum momento de seu dia ou de sua vida, um pedestre. Na visão geral de uma cidade, o pedestre assume uma posição importante como meio de locomoção, já que por vários motivos, muitas viagens são feitas a pé. Na integração dos meios de transporte, os deslocamentos a pé são numerosos e sem eles esta integração não seria possível.
A Calçada e o Pedestre
Maria da Penha N. C. Boucinhas (SP 30/10/81 NT 075/81)
Cada vez mais me dou conta que lei nesse país, nesse estado e nessa cidade é feito corda esticada que alguém passa por cima ou passa por baixo ou então, contorna. Para corroborar o que digo, primeiro destaco o CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ – Lei nº 3.538, 23 de dezembro de 1985, com 449 artigos que “tem por objetivo definir as normas que disciplinam a vida social urbana e os deveres dos cidadãos em relação à comunidade e a administração pública municipal.”
Segundo, destaco o art.160 do tal código: “ART. 160 - A Prefeitura assegurará, permanentemente, a defesa paisagística e estética da cidade.” E se a prefeitura, cumprisse a lei começaria por notificar os moradores e solicitar que cuidassem de suas calçadas, que colocam em risco quem precisa transitar por elas.
Vejam só o que diz esse recorte de post da jornalista Fátima Almeida da gazetaweb: “Andar nas calçadas de Maceió é tarefa difícil. Irregulares, desniveladas, elas apresentam problemas diversos da falta de planejamento urbano e ganham, pela falta de consciência coletiva, uma série de outros obstáculos, às vezes intransponíveis, provocados pelos proprietários de imóveis, comerciantes e até pelo poder público, que obstruem o passeio público, levando o pedestre, inclusive crianças, idosos e portadores de deficiência, a andarem pelas ruas, numa exposição constante e perigosa aos riscos de acidente.”
Pensei nisso quando li que Maceió foi escolhida uma das orlas mais belas do país e eu sei bem disso quando saio a cada dia para trabalhar e olho o mar azul lindo de doer e digam, se quiserem, que sou “estraga prazer”, mas meu olho também enxerga a “língua” da sujeira do esgoto a céu aberto, o lixo que transborda da encosta em dia de chuva e comerciantes sem escrúpulos “canalizando” água suja pro mar. Dá pra se orgulhar disso?
Com relação às calçadas, para não achar que estou de má vontade, convido-os/as para um pequeno passeio na avenida Gen. Hermes, Cambona, só um trechinho de um ponto de ônibus a outro, não mais que isso. É o percurso que faço para chegar ao trabalho. Há anos que só piora e nunca vi “poder público” nenhum sequer passando por lá. Vejam e saibam que existe uma secretaria de Convívio Urbano, que deve fiscalizar, advertir, punir quem não cumpre a lei. Vejam e imaginem como se sente quem cumpre a lei, que paga seus impostos em dia.
Saibam que uma cidade como Maceió, com quase um milhão de habitantes, não se resume a orla e apesar de morar ouvindo o barulho das ondas na praia sei que quem mora fora dela também paga imposto e merece respeito.
3 comentários:
Mas desde quando quem paga imposto nessa terra merece respeito? Onde?
O descaso é muito grande e a gente vê isso em todo território brasileiro.Ainda se não bastasse tem os carros estacionados obrigando o pedestre andar ao lado do perigo.
Rita Tôrres
Pois bem minha amiga, a historia se repete nas cidades litoraneas,ficam na praia e dãos as costas para o resto.Claro que os impostos jamais chegarão na infra estrutura,pois se assim proceder não mais terão inundações que lhes permite,declarar emergencia e logo é liberada uma uma nova de dinheiro,que se espalham em cuecas e outras peças intimas.Basta olhar para Friburgo e regiões.Basta olhar para as inundações tão comuns em MAceió durante as chuvas.
Belo grito amiga e que possa acordar estes ficam de costas para a cidade namorando este mar, que eles emporcalham.
Um abração.
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