domingo, 11 de maio de 2014

Flor Mamãe, quem se lembra?


Quem foi mãe ou foi filho nos anos 60 e início dos 70, sabe da overdose que as rádios nos davam com a voz melosa, quase chorosa, de um garoto chamado José Leão na semana do dia das mães. Sim, turma jovem, nos anos sessenta também existia o dia das mães, não com tanto consumismo assim, mas existia. As mães de antigamente adoravam ligar o rádio nas ondas médias e ouvir o garoto chorar “Flor Mamãe. 


Não me perguntem que fim levou esse garoto. Para mim, ele tinha morrido na era do CD, mas um belo dia o meu saudoso amigo Edécio Lopes chegou à minha casa com um LP do José Leão e me pediu para remasterizar em CD. Eu nem me lembrava mais da música e quando o disco começou a girar na vitrola, as lembranças afloraram e me vi garoto no meio de um coral de mães.


Edécio Lopes, radialista das antigas, precursor da era do rádio nas Alagoas, mantinha seu programa ao velho estilo da boa MPB e nas datas festivas ele gostava de fazer as suas homenagens. Era campeão de audiência. Infelizmente ficou devendo às mamães antigas a recordação dos tempos de outrora: morreu meses antes da data.


Assim, trago à baila a tal Flor Mamãe e se você for desse tempo, vai recordar; se não, vai ficar sabendo que naquela época as mães se contentavam mais com a poesia e com a música do que com as comidas gordurosas de churrascaria.

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