Quem foi mãe ou foi filho nos anos 60 e início dos 70, sabe da overdose que as rádios nos davam com a voz melosa, quase chorosa, de um garoto chamado José Leão na semana do dia das mães. Sim, turma jovem, nos anos sessenta também existia o dia das mães, não com tanto consumismo assim, mas existia. As mães de antigamente adoravam ligar o rádio nas ondas médias e ouvir o garoto chorar “Flor Mamãe.
Não me perguntem que fim
levou esse garoto. Para mim, ele tinha morrido na era do CD, mas um belo dia o
meu saudoso amigo Edécio Lopes chegou à minha casa com um LP do José Leão e me
pediu para remasterizar em CD. Eu nem me lembrava mais da música e quando o
disco começou a girar na vitrola, as lembranças afloraram e me vi garoto no
meio de um coral de mães.
Edécio Lopes, radialista das
antigas, precursor da era do rádio nas Alagoas, mantinha seu programa ao velho
estilo da boa MPB e nas datas festivas ele gostava de fazer as suas homenagens.
Era campeão de audiência. Infelizmente ficou devendo às mamães antigas a
recordação dos tempos de outrora: morreu meses antes da data.
Assim, trago à baila a tal
Flor Mamãe e se você for desse tempo, vai recordar; se não, vai ficar sabendo
que naquela época as mães se contentavam mais com a poesia e com a música do
que com as comidas gordurosas de churrascaria.
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