O lugar de onde vim
Não
passa boi,
Não
passa boiada
Em suas estradas
Que não
levam
A
lugar nenhum.
Tem o
horizonte carmim
Do dia
curtido no Sol
E as
noites refletidas
em gotas douradas de luar.
Esse lugar não é
o Nunca,
Pois
existe e dou fé.
Nele, habitam homens rudes,
De pele endurecida pelo sol.
Eles não
receiam o perigo:
Amansam
burro brabo,
Pegam
o touro a unha,
Mamam
no peito da onça.
São rudes e não brutos.
Carregam
no coração solitário
A flecha certeira de Cupido.
Porém a timidez os domina
E eles não conseguem dizer
Uma simples frase
Que os homens de Hollywood
Dizem nos filmes
Exibidos na parede da Igreja:
E eles não conseguem dizer
Uma simples frase
Que os homens de Hollywood
Dizem nos filmes
Exibidos na parede da Igreja:
“I love you, baby”,
Um singelo “Eu te amo”
Faz tremer as pernas
E travar a língua
Dos mais valentes.
Dos mais valentes.
Recorrem ao simbolismo
Da flor
de açucena
Recolhida
no matagal.
E as moças de riso brejeiro,
Com orgulho incontido,
Com orgulho incontido,
Guardam
no peito juvenil
A mais pura prova de amor,
Porque diziam os antigos
Que a
flor de açucena
É a
flor do bem-querer.
E
você, minha doce amada,
Que pegou
esporas e sela
E domou
este vaqueiro,
É a
minha flor de açucena
A minha flor do bem-querer
E hei
de amar-te até morrer.
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