Cinderela perdeu seu lindo sapatinho de cristal-néon na fuga para a carruagem inglesa em formato de abóbora. No dia seguinte, que em inglês se diz "day after", o gari do palácio o encontrou (ou como se diz na minha terra "encontrou ele") perto da escada e o entregou ao seu chefe imediato. Imediatamente o chefe imediato o passou ao encarregado que se encarregou de fazer um relatório à supervisora. Esta, tremenda puxa-saco real, entregou o sapatinho ao príncipe encantado dizendo que ela havia achado embaixo da escada do palácio e que devia ser de alguma princesa bêbada e irresponsável, pois só uma maluca calçaria sapato de cristal para ir a um baile de carnaval. O príncipe encantado ficou encantado com o brilho da luz néon e deu de presente à sua avó, mãe da rainha, que havia perdido uma perna em acidente da carruagem real. A avó real, por causa do forte cheiro de chulé não real, mandou lavar o sapatinho de cristal-néon. A criada real assustou-se quando a água causou um curto no circuito da luz néon e deixou o sapato cair, fazendo um estrondo de estilhaços de cristais. Então a avó real pegou a sua bengala real de ouro com madrepérolas no cabo e quebrou na cabeça da criada desastrada, causando um sulco entre a fronte e a nuca.
Moral da história: seremos milhões de criadas com a cabeça partida se não cuidarmos do sapatinho de cristal chamado DEMOCRACIA.
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