De Dunga e os 11 anões |
“Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou!” (Hino Oficial da Seleção Brasileira na era Dunga e os onze anões)
Chegou ao fim, melancolicamente, a Era Dunga, assim como aconteceu com a Era Parreira, Lazzaroni e, antes que acontecesse com o Capitão Coutinho, um militar linha dura a serviço da Ditadura e que só jogava bola quadrada, ele se antecipou e nos deu o título de campeão moral, que deve servir tanto o quanto o de Campeão da Copa das Confederações.
Mas há males que vêm pra bem. Em copa do mundo de futebol o brasileiro se entorpece com as palavras de Galvão Bueno e libera geral, sem dar bola pro azar, desde que o azar não dê bola pra bola a nosso favor. Assim, enquanto todo mundo ficava de olho na televisão procurando novidades da seleção brasileira, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, o Tinhoso STF, passavam a rasteira na lei do ficha limpa, liberando alguns sacripantas dos rigores da Lei.
Felipe Melo era a crônica da tragédia anunciada e não vi novidade alguma no que ele fez ou deixou de fazer. Ele era aquilo, só sabia fazer aquilo, mas mesmo assim estava lá, ao vivo e a cores, servindo de boi de piranha. Ele não pediu pra ser convocado, não pediu pra jogar, mas a arrogância do técnico Dunga sobrepujou a sapiência e a inteligência do povo varonil do nosso Brasil.
Acreditava que na Copa do Mundo se convocava os melhores jogadores, mas não foi o que se viu. Vários atletas, que no Brasil ficariam no banco de reserva do Íbis de Pernambuco, o pior time do mundo, estavam a posar de heróis nacionais só porque eram artilheiros na Arábia Saudita e Kuzequistão. Kaká foi convocado doente, com a promessa de ficar bom, não ficou e também não perdeu a condição de titular. Enquanto isso, dezenas de jogadores vendendo saúde foram jogadas na sarjeta, com a desculpa de que não tinham experiência na seleção. Culpados? Somos todos nós que sempre damos um voto de confiança e quando a casa cai nos conformamos com o já desgastado bordão: “daqui a quatro anos tem mais”.
Em verdade, em verdade vos digo: quem jogou um futebol chifrin diante de um time chamado Azeibarjão e amarelou com os amarelos da Coréia do Norte, não merece passar das oitavas de final. Seleção que quem faz gol é um lateral, quem arma as jogadas é um beque central, não merece chegar as quartas de final. E chegamos, não por mérito, mas pelo medo estampado na cara da seleção chilena que entrou em campo disposta a não levar goleada. Como todos nós brasileiros, eles também acreditaram em Galvão Bueno.
E o Presidente Lula, do alto de sua importância política, vem nos consolar com palavras sábias de filósofo de botequim: “Dunga acertou mais que errou”. Errado, Senhor Presidente. O objeto de cobiça dos brasileiros é a Taça da FIFA, e não a Copa América; o objetivo dos quatro anos de treinamento é a Copa do Mundo e não a Copa das Confederações. O que adianta nadar, nadar, nadar e morrer afogado na praia? Para que serviu dar cinco a zero em Portugal, em jogo amistoso, e faltar futebol na hora da cobra fumar?
Senhor Presidente, em vez de sair por aí falando besteiras e criando novo título de campeão moral, junte-se à nação futebolística num grito único de protesto:
– Cala a boca, Galvão Bueno!
3 comentários:
Acabooooooou, Acaboooooou!!UFA! Graças!Ainda bem que há vida fora dos campos de futebol!
E assim o povo volta aos gramados da vida dura e cruel que rola por aqui,tira os olhos da telinha e voltam para realidade brasilis. Bela cronica com relato preciso do que foi esta preparação(sic) da era Dunga.A arrogancia, o desprezo ao talento,nao poderia sair vitoriosa,pois assim se pensaria diferente o futebol.A arte fica para depois.
Em ano de copa percebo que Brasileiro só é Brasileiro de quatro em quatro ano...
Mulher é apaixonada por futebol de quatro em quatro ano...
O Brasil só é orgulho de quatro em quatro ano...
Mas, desta vez foi só até as quartas de finais.
Em época de eleição o povo continua sendo enganado, mas não é de quatro em quatro ano e sim todo dia!!!
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