O
avô parecia um camelo,
com a corcova nas costas
e aquele nariz imenso,
sempre apontando para o sol.
com a corcova nas costas
e aquele nariz imenso,
sempre apontando para o sol.
Madrugava
montado nas alpercatas,
acordando as pedras e os tocos da estrada
que lhe diziam bom-dia,
ensinando acordes às cigarras.
acordando as pedras e os tocos da estrada
que lhe diziam bom-dia,
ensinando acordes às cigarras.
E
pelo mato adentro o avô ficava
cochichando com o tempo,
desnudando nuvens e fumaças
que deixavam seu bigode amarelo.
cochichando com o tempo,
desnudando nuvens e fumaças
que deixavam seu bigode amarelo.
E era sempre noite quando o avô
chegava,
fedendo a suor, a cigarro e a queimada,
com seu abraço segredando a melodia
que nenhuma cigarra daquelas imaginava.
fedendo a suor, a cigarro e a queimada,
com seu abraço segredando a melodia
que nenhuma cigarra daquelas imaginava.
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