Em um cinema no interior de Pernambuco era assim: havia um cidadão que
só pagava ingresso se o artista não morresse. Na Sexta-Feira da Paixão o
prejuízo era inevitável.
Nesse mesmo cinema, o filme da Paixão de Cristo era anterior ao
próprio Cristo. De tanto cortar e emendar, emendar e cortar a película, não era
mais possível saber a sequência. Na última vez que assisti, o filme começou com
Cristo pregado na cruz e terminou com o Anjo do Senhor aparecendo a Maria.
Pensei que o povo ia botar o cinema abaixo, mas todos saíram aplaudindo
e chorando de emoção, talvez ungidos pelo espírito da Páscoa.
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