Quer namorar comigo? era a pergunta mais
difícil de se fazer e a mais fácil de se responder, mas as garotas
faziam beicinhos, charminho, e em vez de um sim ou não, preferiam outra
pergunta:
- Posso responder daqui a cinco dias? É que vou pensar.
E pensava, pensava, os cinco dias pareciam cinco séculos, e no sexto a resposta tão ansiosamente esperada:
- Posso pensar mais um pouco?
E quando vinha um sim, o mundo desabava em felicidade. Primeiro pegava timidamente na mão. Depois dava um abraço. E quando tudo caminhava para a normalidade de um romance, ela sentenciava:
- Beijo só depois que você pedir ao meu pai para namorar na porta!
Deus do Céu, que tortura! Mil vezes o pau-de-arara aplicado pela ditadura!
- É pegar ou largar! Não sou moça de namorar na rua pra ficar falada.
- Eu pego!
E lá vai o Romeu numa noite de sábado falar com o inquisidor. Pernas bambas, lábios ressabiados, coração acelerado.
- Então, o que o senhor pretende para a minha filha?
Não pretendo nada, só dar uns amassos. Ainda nem fiz dezoito anos. Será que esse coroa nunca foi adolescente?
- Eu pretendo me casar com ela quando me formar.
- Está bem. Mas não deixe de estudar pra ficar namorando.
Vencido uma etapa, beijos de boca, beijos de língua, nascia o desejo de ir avante. Pegar nos seios da namorada era o suprassumo da masculinidade. Eram os famosos amassos. Sem eles, namoro nenhum tinha credibilidade
- Nos seios não, benzinho! Só depois de casar.
Ele não iria esperar tanto tempo. Insistia todo santo dia, até que numa noite de lua cheia ela aquiesceu:
- Está bem, eu deixo, mas só e somente só se você me prometer de que não vai contar pra ninguém.
- Ah! Então não quero!
- Por que não, meu amor?
- Porque contar pros amigos é o mais gostoso.
- Posso responder daqui a cinco dias? É que vou pensar.
E pensava, pensava, os cinco dias pareciam cinco séculos, e no sexto a resposta tão ansiosamente esperada:
- Posso pensar mais um pouco?
E quando vinha um sim, o mundo desabava em felicidade. Primeiro pegava timidamente na mão. Depois dava um abraço. E quando tudo caminhava para a normalidade de um romance, ela sentenciava:
- Beijo só depois que você pedir ao meu pai para namorar na porta!
Deus do Céu, que tortura! Mil vezes o pau-de-arara aplicado pela ditadura!
- É pegar ou largar! Não sou moça de namorar na rua pra ficar falada.
- Eu pego!
E lá vai o Romeu numa noite de sábado falar com o inquisidor. Pernas bambas, lábios ressabiados, coração acelerado.
- Então, o que o senhor pretende para a minha filha?
Não pretendo nada, só dar uns amassos. Ainda nem fiz dezoito anos. Será que esse coroa nunca foi adolescente?
- Eu pretendo me casar com ela quando me formar.
- Está bem. Mas não deixe de estudar pra ficar namorando.
Vencido uma etapa, beijos de boca, beijos de língua, nascia o desejo de ir avante. Pegar nos seios da namorada era o suprassumo da masculinidade. Eram os famosos amassos. Sem eles, namoro nenhum tinha credibilidade
- Nos seios não, benzinho! Só depois de casar.
Ele não iria esperar tanto tempo. Insistia todo santo dia, até que numa noite de lua cheia ela aquiesceu:
- Está bem, eu deixo, mas só e somente só se você me prometer de que não vai contar pra ninguém.
- Ah! Então não quero!
- Por que não, meu amor?
- Porque contar pros amigos é o mais gostoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário