Noite de sexta-feira. A visgueira fervilhava. Cliente
vazando pelo ladrão. Cerveja gelada, churrasquinho de gato e papo animado. Radiola
de ficha tocando Pablo, o rei do arrocha, alguns casais dançando coladinho e de
repente, numa mesa do canto, alguém aponta para a entrada e fala alto para se
fazer ouvir:
- É Bola!
Para a música. Correria geral. Todos querendo fugir ao
mesmo tempo. "Onde é a porta de emergência, essa porra desse vírus mata!",
gritou alguém em pânico total. O dono do boteco colocou a mão na cabeça,
desesperado com o prejuízo.
Passado o descontrole nervoso, bar vazio, meu amigo
Osvaldo Bola Pires entra tranquilo e junta-se aos amigos na mesa do canto, que
até então não haviam compreendido o porquê de tamanha balbúrdia.
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