 
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O NATAL E OS PARQUES DE DIVERSÕES
 
sábado, 6 de dezembro de 2008
MINI-CONTO DE NATAL
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| De menino | 
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
CAMINHANDO SOB AS ESTRELAS

 A outra moça era professora. No meio de tanta gente ignorante do saber ler, era tratada como um ser superior. Vestia-se elegantemente e nem mesmo para o trabalho abria mão de belos sapatos de salto alto. E eram eles, os sapatos, que marcavam a cadência dos passos na calçada. Às vezes, quando se detinha em delongas com o outro casal ou com outro ser passante e sua mãe não escutava o toc-toc harmônico do salto fino sobre o cimento, ela saía à porta e chamava a filha à responsabilidade.
A outra moça era professora. No meio de tanta gente ignorante do saber ler, era tratada como um ser superior. Vestia-se elegantemente e nem mesmo para o trabalho abria mão de belos sapatos de salto alto. E eram eles, os sapatos, que marcavam a cadência dos passos na calçada. Às vezes, quando se detinha em delongas com o outro casal ou com outro ser passante e sua mãe não escutava o toc-toc harmônico do salto fino sobre o cimento, ela saía à porta e chamava a filha à responsabilidade.  do salto do sapato em passos cadenciados no compasso das quimeras, fora substituída pelo fade desarmônico da televisão e pelo diálogo encurtado de jovens apressados sem tempo de escutar o prelúdio das estrelas, visível e audível apenas para os corações apaixonados.
do salto do sapato em passos cadenciados no compasso das quimeras, fora substituída pelo fade desarmônico da televisão e pelo diálogo encurtado de jovens apressados sem tempo de escutar o prelúdio das estrelas, visível e audível apenas para os corações apaixonados.domingo, 30 de novembro de 2008
OS INSTANTES FINAIS DE NELO
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sábado, 29 de novembro de 2008
CONTO DE NATAL
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| De Noel | 
É difícil dizer qual festa era a melhor em Alagoinhas: micareta, São João ou Natal, cada uma com sua peculiaridade, mas posso assegurar que o Natal era uma festa alegre, de participação popular e de muita animação.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
CORRAM QUE A POLÍCIA VEM AÍ!

Em Salvador, a Secretaria do Meio Ambiente resolveu limitar os decibéis nas casas noturnas e isso, segundo os comerciantes do ramo, está causando um enorme prejuízo, pois, a partir da meia-noite, eles são obrigados a reduzir o som a limites de rádio de pilha.
Quando eu tinha bar aqui em Maceió havia uma placa bem grande afixada em local visível: “É proibido som de carro”. Isso fez os vizinhos arrefecerem os ânimos e se tornarem os mais freqüentes fregueses. Vizinho de boteco é bom como cliente; como inimigo é péssimo negócio. Além do mais, som alto, em vez de prazeroso, torna-se uma tortura aos ouvidos e ataca o sistema nervoso.
 O abuso do som alto vai de encontro a três leis diferentes: a Resolução 204 do Contran; o Art. 42 e 65 do Código Penal e o Art. 54 da Lei de Crime Ambiental.
O abuso do som alto vai de encontro a três leis diferentes: a Resolução 204 do Contran; o Art. 42 e 65 do Código Penal e o Art. 54 da Lei de Crime Ambiental.
A Resolução 204 do Contran prevê:
Art. 1°. A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em nível de pressão sonora não superior a 80 decibéis - dB(A), medido a 7 m (sete metros) de distância do veículo.
As penalidades são previstas no Código Nacional de Trânsito:
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
Já na Lei de Contravenção Penal encontramos os seguintes Artigos:
Art. 42. Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:
I - com gritaria ou algazarra;
II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV - provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranqüilidade, por acidente ou por motivo reprovável:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Na Lei de Crime Ambiental, encontramos o seguinte:
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
      Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
      § 1º Se o crime é culposo:
      Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Como podemos observar, o usuário de som no carro que não observa a tolerância permitida, está incorrendo em vários crimes devidamente tipificados em nossas Leis, podendo até ser preso e processado por isso.
 Portanto, antes de ligar seu mega-amplificador e levantar a tampa traseira do seu carro, pense na sensibilidade auditiva das pessoas ao redor e de que o seu gosto musical não será necessariamente o do seu vizinho. Observar tal norma de comportamento o levará a uma convivência harmônica com a vizinhança além de evitar outros aborrecimentos e constrangimentos previstos em lei.
Portanto, antes de ligar seu mega-amplificador e levantar a tampa traseira do seu carro, pense na sensibilidade auditiva das pessoas ao redor e de que o seu gosto musical não será necessariamente o do seu vizinho. Observar tal norma de comportamento o levará a uma convivência harmônica com a vizinhança além de evitar outros aborrecimentos e constrangimentos previstos em lei.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Cadê a Vergonha Dessa Gente?

Muriçoca rompeu com Joaquim que se uniu a Wilton. Marta ama Pedrito. Marta é a primeira suplente e torce pela queda de Muriçoca que se não conseguir dois terços dos votos dos vereadores terá suas contas definitivamente rejeitadas e sua posse no dia primeiro irá para o beleléu. De cara, já conta com três votos contra: o da relatora, o de Geckson e o de Marta, que, claro, não vai votar pela moralidade, mas para sua própria sobrevivência política.
 Muriçoca promete fidelidade canina a Joaquim se for salvo pelo gongo. Joaquim torce o nariz porque gato escaldado tem medo de água fria. Salvar o pescoço de Muriçoca é trair seus eleitores. É dizer que Muriçoca tinha razão quando discursava inflamado disparando ofensas a todo mundo, inclusive ao próprio Joaquim.
        Muriçoca promete fidelidade canina a Joaquim se for salvo pelo gongo. Joaquim torce o nariz porque gato escaldado tem medo de água fria. Salvar o pescoço de Muriçoca é trair seus eleitores. É dizer que Muriçoca tinha razão quando discursava inflamado disparando ofensas a todo mundo, inclusive ao próprio Joaquim.
Há vereadores da base de Joaquim articulando para aprovar as contas de Muriçoca e fazê-lo refém da base governista. Se tal acontecer, isso será uma indecência, um golpe naqueles que acreditaram no projeto de mudanças e que ninguém jamais ouviria novamente o nome de certas figuras. Quem traiu uma vez, não terá o mínimo constrangimento em trair a segunda, como está Muriçoca na iminência de trair o seu atual grupo a troco de salvar o próprio pescoço. Logo eles, seus amigos, que passaram a mão por cima dos seus erros administrativos. Logo eles que cederam o palanque a Muriçoca, mesmo sabendo que o mesmo tiraria votos do candidato Tonho. Sem o menor despudor, Muriçoca passará a fazer parte da bancada governista e, como o lobby a seu favor é muito grande, não estranhem se ele se transformar no novo presidente da Câmara de Vereadores.
        Como votarão os atuais vereadores da oposição? São quatro, mas Muriçoca votará a seu favor, claro. Marta, como já disse, deve votar contra. E os outros dois? Zé Martins e Eduardo votarão  contra ou a favor, de antemão sabedores que serão traídos por Muriçoca? Para Eduardo, a saída de Muriçoca o colocará na primeira suplência. Para Zé Martins, é mais confiável ter Marta na Câmara no próximo ano do que o Muriçoca, que seguirá as ordens do chefe Joaquim.
contra ou a favor, de antemão sabedores que serão traídos por Muriçoca? Para Eduardo, a saída de Muriçoca o colocará na primeira suplência. Para Zé Martins, é mais confiável ter Marta na Câmara no próximo ano do que o Muriçoca, que seguirá as ordens do chefe Joaquim. 
Joaquim me garantiu que não vai se meter nessa berlinda indecorosa. Mesmo assim, façamos pressão sobre os vereadores porque votar a favor das contas de Muriçoca é depor contra todos os homens de bem que votaram em Joaquim acreditando em mudanças. Votar a favor é dar um tiro de misericórdia na decência humana.
       
sábado, 15 de novembro de 2008
A CHEGADA DO CIRCO
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
DE JOÃO DA CRUZ A BARACK OBAMA
 Dizem que João da Cruz quando apeou no sagrado solo junquês trazia um negro escravo na garupa. Só um.  Sendo ele um simples vaqueiro, é difícil de se entender para que ele queria um escravo e como o mantinha sob o seu jugo no ir e vir da inospitalidade sertaneja. Seria ele um cavaleiro e o negro o seu fiel escudeiro ou andava na contramão da história quando a escravidão negra só era possível no litoral, nas casas grandes e senzalas, principalmente?
Dizem que João da Cruz quando apeou no sagrado solo junquês trazia um negro escravo na garupa. Só um.  Sendo ele um simples vaqueiro, é difícil de se entender para que ele queria um escravo e como o mantinha sob o seu jugo no ir e vir da inospitalidade sertaneja. Seria ele um cavaleiro e o negro o seu fiel escudeiro ou andava na contramão da história quando a escravidão negra só era possível no litoral, nas casas grandes e senzalas, principalmente? A nossa mestiçagem é fruto genuíno do cruzamento do branco com o índio, mais propriamente com a índia, e quando o negro pisou o solo junquês, este já estava com sua povoação devidamente constituída em sua linhagem genética e fortemente segregacionista em suas relações sócio-culturais. O Junco que recebeu bem alguns negros remediados, foi o mesmo que desdenhou de outros renegados da sorte. Havia o “Doutor Fulano” e o outro que era apenas “Negão”. Negão tinha nome, mas ninguém sabia ao certo. Para que nome se sua sina de escravo continuava? A bajulação ao primeiro vinha da afirmação racista “preto com alma branca” enquanto que o segundo era visto como negro de senzala.
A nossa mestiçagem é fruto genuíno do cruzamento do branco com o índio, mais propriamente com a índia, e quando o negro pisou o solo junquês, este já estava com sua povoação devidamente constituída em sua linhagem genética e fortemente segregacionista em suas relações sócio-culturais. O Junco que recebeu bem alguns negros remediados, foi o mesmo que desdenhou de outros renegados da sorte. Havia o “Doutor Fulano” e o outro que era apenas “Negão”. Negão tinha nome, mas ninguém sabia ao certo. Para que nome se sua sina de escravo continuava? A bajulação ao primeiro vinha da afirmação racista “preto com alma branca” enquanto que o segundo era visto como negro de senzala. Dizem que a eleição de Obama será o resgate do sonho americano. O sonho dos doze Césares: a expansão imperialista.  “Veni, vidi, vici!” Na mensagem enviada ao futuro inquilino da Casa Branca, o primeiro-ministro francês disse que o mundo necessita de um grande líder. Será Obama esse “grande líder” que satisfará a ânsia francesa? Vercingetórix, o druida e herói gaulês que se insurgiu contra a ocupação romana da Gália em 53 a.C., com certeza chorou de vergonha por ter se sacrificado por um povo que mais tarde sentiria falta de um imperador.
Dizem que a eleição de Obama será o resgate do sonho americano. O sonho dos doze Césares: a expansão imperialista.  “Veni, vidi, vici!” Na mensagem enviada ao futuro inquilino da Casa Branca, o primeiro-ministro francês disse que o mundo necessita de um grande líder. Será Obama esse “grande líder” que satisfará a ânsia francesa? Vercingetórix, o druida e herói gaulês que se insurgiu contra a ocupação romana da Gália em 53 a.C., com certeza chorou de vergonha por ter se sacrificado por um povo que mais tarde sentiria falta de um imperador.domingo, 2 de novembro de 2008
O Jegue Barroso*


 Foi, deveras, o jegue mais famoso de toda a história da região. Fama adquirida pela sua sanha devassa e insaciabilidade sexual. Ele sentia o cheiro da fêmea no cio a léguas de distância e não sossegava enquanto não consumasse seu intento. Pulava cerca de macambira, se rasgava no arame farpado e atacava jega devidamente montada, colocando o montador em risco de se machucar com as investidas vigorosas e insistentes do jumento. Não adiantava gritar, ameaçar ou bater. Seu instinto animal era mais forte que a dor.
                        Foi, deveras, o jegue mais famoso de toda a história da região. Fama adquirida pela sua sanha devassa e insaciabilidade sexual. Ele sentia o cheiro da fêmea no cio a léguas de distância e não sossegava enquanto não consumasse seu intento. Pulava cerca de macambira, se rasgava no arame farpado e atacava jega devidamente montada, colocando o montador em risco de se machucar com as investidas vigorosas e insistentes do jumento. Não adiantava gritar, ameaçar ou bater. Seu instinto animal era mais forte que a dor.