II
O Junco descansa placidamente
No seu leito profundo, secular.
Os fantasmas passeiam calmamente
Pelo vazio das ruas dormentes.
A igreja repica os sinos
Em sons invisíveis e inaudíveis
Que só os fantasmas ousam escutar.
Fantasmas da miséria,
Fantasmas da maldição,
Fantasmas duma cidade fantasma
Que acalentam os sonhos
E anseios de quem nasceu insone.
O padre, indiferente, prega a missa
Em tristes orações de funerais...
Orações e rezas de quem partiu
Para não mais voltar.
E os fantasmas, uníssonos,
Entoam o réquiem.
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