VI
A morte aqui não vinga
Como não vinga a plantação.
Aqui as pessoas nascem
Segurando a alça do caixão.
As lágrimas já não descem
De pétreos olhos humanos,
Pois o cotidiano da morte
Está presente em todos os cantos
E em certos lugares se tornou
Na última esperança que morre.
Mas quem morreu
Sem ter vivido?
Quem jamais ousaria olvidar
Da sorte nefasta do infeliz sertanejo:
Curtido do sol, mergulhado em prantos de amarguras,
Secando no tempo suas mágoas e desventuras...
Enterrando seus mortos no silêncio da dor
E rezando calado para que a morte não tarde.
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